quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Carnaval começou mais cedo para a 3ª Idade em Curitiba

Prestes ao início do carnaval, a Prefeitura de Curitiba agitou a manhã dos idosos no dia 19/02 na rua da cidadania no Bairro Novo, em Curitiba.
O evento, GRITO DE CARNAVAL, que começou as 8 da manhã, organizado pela Secretária Municipal do Esporte e do Lazer (SMEL), turbinou a tradicional ginástica laboral, que ocorre todas as manhãs. O trabalho dos mais de 10 professores da SMEL Unidade Bairro Novo, que atuaram como animadores, injetou animação, descontração e muita atividade física no público, que além da “melhor idade” também teve a participação de jovens.
Os professores, caracterizados para o carnaval, incluíram na sessão de ginástica, uma verdadeira aula de dança, com ritmos jovens, terminando com as tradicionais marchinhas de carnaval.
As atividades realizadas pela SMEL voltam-se para além da interação social, visando sempre a atividade física prazerosa, o que induz os participantes a continuarem praticando.

Irmãos


Um invasor, um ladrão de atenções, um ser insignificante que ameaçava o proeminente e firmado egocentrismo. Esse era eu, quando nasci, segundo os olhos de minha irmã – Aline – concebida cinco anos antes.
Aline possuía um sentimento de ciúme gigantesco de meus pais (e todas outras pessoas) em função de minha existência. Sentimento que acabava levando-a em tentativas de roubar atenções dirigidas a mim, para ela. Esses empreendimentos geralmente tinham sucesso, mas não da forma que minha irmã esperava, pois as ações utilizadas por ela geravam olhares e palavras de repreensão, juntamente com maneios de cabeça.

O prejudicado, apesar de tudo, era eu. Com o passar do tempo o sentimento de ciúme aumentou chegando a extremos, como em meu aniversário, no qual todas as bolas – mais precisamente, 3 – que recebi de presente, foram perfuradas, com o auxílio de uma agulha para tricotar – que também servia como instrumento para ameaças.

Algum tempo depois obtive o que até hoje costumo lembrar, carinhosamente, como “a grande revanche”.

Era um fim de tarde, acompanhado de um fim de chuva. Aline acabara de retornar do colégio e estávamos entretidos, brincando no subsolo de nossa casa, enquanto esperávamos o lanche que era de costume. Minha irmã apresentou a ideia para passatempo: - André, vamos brincar de dentista? - Eu brinco – respondi, com uma ideia ingenuamente maldosa surgindo em minha cabeça – mas se eu fizer o dentista. Ela, sem pestanejar, aquiesceu. Assumi o controle e dei minhas ordens: - Deite na poltrona e feche os olhos!

E então, sem nada de caracterização, representei com perfeição aplausível o papel: meu braço, com o punho cerrado, desceu rápido e forte, criando um espaço entre os dentes da arcada superior, uma perfeita janelinha”.
Em um período de tempo inferior a 1 mês, minha irmã perdeu o dente, outrora cuspido, recolhido e guardado.