Eu sou um idelista. Tenho consciência disso. E, de uma certa
forma, orgulho-me. Idealizo um mundo onde pessoas são boas, onde ideais e um
mundo ideal funcionam. Gostaria que o mundo fosse algo mais padrão, mais
uniforme.
A decepção é inevitável.
Somos dados a paixões. Nossa alma é corrupta, por natureza. Nossa natureza é
corrupta. Traio meus ideais. Também tenho consciência disso. Outrora dizia Paulo: O bem
que almejamos não conseguimos fazer, em
seu lugar fazemos o mal que não queremos.
Por diversas vezes senti a
dor do mal, por vezes involuntário, por outras deliberado, jogada contra mim.
Por outras vezes senti a dor – e esta muito mais cortante – da minha própria
maldade.
Por que o mundo não pode ser
um lugar ideal e razoável? Não faço ideia da resposta. Não sei se temos algo a
aprender com isso, não sei se existe razão.
Tudo o que posso tirar da minha consciência sobre isso, é tentar
racionalizar tudo.E sempre lembrar: não vivo em um mundo ideal. Não posso
querer soluções e resoluções ideais.
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